Os morcegos são os únicos mamíferos que possuem capacidade de voar e esses animais também têm algumas características que os fazem serem grandes responsáveis por epidemias como grande agregação social, longos períodos de voo e atividade metabólica muito intensa. Todas essas características contribuem juntamente para uma maior chance de disseminação de patógenos, principalmente virais.
Também por viverem por muitos anos, os morcegos acabam sendo reservatórios de patógenos que podem ser de origens extremamente antigas e que sem o contato de homens e morcegos talvez nunca existiria ou pelo menos seria de baixa probabilidade a infecção humana.
Geralmente as epidemias virais procedentes de morcegos tem grande relação com hábitos humanos que envolve contato com a vida selvagem, sendo por desmatamentos, entrada em matas, caça entre outros.

Principais doenças e Locais
Ao longo dos anos quatro vírus zoonóticos causadores de epidemias e que tiveram suas origens nos morcegos mostraram grande risco para a saúde humana. O Ebola, o Nipah, o MERS-CoV e o SARS-CoV. Numa análise de risco fatal segundo a OMS eles assumem 50%, 40% a 75%, 11% e 35% respectivamente. As pesquisas mostram que a origem destes vírus são dos continentes Asiático e Africano. Isso acontece porque os dois continentes são responsáveis por uma maior diversidade de vida selvagem e possuem uma maior densidade populacional. Assim, é possível compreender que os morcegos conseguem tanto transmitir patógenos diretamente para o homem e que também se torna mais fácil a transmissão para animais como gado, de estimação ou até mesmo outros animais selvagens.
Levando em consideração os exemplos dos quatro vírus citados acima, conseguimos ver a íntima relação de epidemias com locais selvagens onde abrigam grandes populações de morcegos.